Feridas na boca que demoram a cicatrizar e manchas avermelhadas ou
esbranquiçadas que podem ser confundidas com aftas são alguns sintomas dessa
doença
O
sexo oral sem camisinha faz a boca entrar em contato com fluídos e com a mucosa
dos órgãos sexuais que podem causar doenças sexualmente transmissíveis e,
consequentemente, câncer de boca. E por ser uma prática mais comum para os
jovens, têm sido eles as principais vítimas dessa doença. Segundo o Instituto
Nacional do Câncer (INCA), o câncer de boca é o quinto mais comum no país para
o sexo masculino.

E
a proximidade de festas como o carnaval faz o especialista se preocupar ainda
mais. “O grande problema não é fazer muito sexo, mas sim como esse sexo será
feito durante esse período. Muitos jovens vão às ruas pular carnaval e, na
empolgação ou por conta de drogas e bebidas alcoólicas, acabam se relacionando
sexualmente sem nenhum tipo de prevenção”, diz o especialista.
Porém,
apesar da declaração do especialista, um estudo feito pelo International
Journal of Epidemiology mostrou que, quanto maior o número de parceiras com as
quais se pratica sexo oral e quanto mais precoce for o início da vida sexual,
mais risco o homem terá de desenvolver câncer de boca.
Principais sintomas
O
câncer de boca costuma se apresentar com feridas na boca que demoram a
cicatrizar (mais de uma semana) e manchas avermelhadas ou esbranquiçadas (que
podem ser confundidas com aftas) nos lábios ou na mucosa bucal.“Nas fases mais
avançadas, essa doença provoca mau hálito, dificuldade para engolir e falar, o
aparecimento de caroços no pescoço e possível perda de peso expressiva”, diz
Emanuel.
Outros vilões
Há
anos, o principal grupo de risco desse tipo de câncer era composto por homens
com mais de 40 anos com o hábito frequente de fumar e beber e com higiene bucal
falha. “O cigarro tem mais de 5000 substâncias que fazem mal à saúde. Além
disso, a fumaça do cigarro, sempre muito quente (a temperatura dele ao encostar
na boca pode chegar a 70 graus), causa uma irritação crônica na mucosa bucal
que faz com que as células se multipliquem muito rapidamente, facilitando o
aparecimento de tumores”, diz o especialista.
O
consumo de álcool também tem sua culpa, pois potencializa a ação da nicotina. A
exposição excessiva ao sol é outra possível causa, mesmo que de menor
incidência, para o aparecimento desse tipo de câncer.
Diagnóstico precoce
“O
diagnóstico precoce é a salvação do paciente”, diz Emanuel. Isso porque, quando
essa doença é tratada logo no início, as chances de cura dobram e o tratamento
é relativamente simples. “A cirurgia não é tão complicada e a recuperação do
paciente é super rápida”, diz o especialista.
O
problema é que aqui no Brasil a maioria dos casos de câncer de boca
diagnosticados já está em fase bem avançada e sem muita chance de curas fáceis.
“Por isso, devemos ficar atentos a qualquer lesão na boca que demora mais de
uma semana para cicatrizar. Na dúvida, procure seu dentista, é melhor pecar
pelo excesso de cuidado do que se lamentar com um câncer de boca em estágio
avançado”, diz Emanuel.
Fonte: Saude Terra
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